Rádio HDI

Rádio HDI

Pedir música? Clique Aqui e peça agora!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Acidente na Av. Amazonas em BH


Acidente envolveu uma moto, um ônibus da linha 9205 (placa GVQ1907) e o carro da minha mãe (Um Siena, qual eu estava presente) na Av. Amazonas na altura do nº 2760, hoje, 12/5/10 às 18:10. Eu mesmo, na presença dos PM, imobilizei a vítima até que o SAMU chegasse, que por sinal fizeram um péssimo trabalho analisando a forma com que socorreram o mesmo.

Devido ao tráfico do horário, o carro da minha mãe estava praticamente parado quando um vulto passou a minha direita (eu estava no banco do passageiro), onde pode ser ouvido o barulho de uma batida da minha porta e que foi parar em frente ao carro. Quando vi, ao meu lado também passava um ônibus. Então desci do carro e fui de encontro ao ocorrido logo em frente ao veiculo. Lá estava o motoqueiro ao chão, reclamando de dores na coluna. O mesmo estava com uma mochila nas costas, porém como vi que ninguém fazia nada, tomei a liberdade de imobilizar sua cabeça juntamente com seu pescoço (pois fui Salva Vidas até ano passado no EUA e sei como imobilizar uma vítima), enquanto uma jovem ficava juntamente comigo buscando informações e procurando mantê-lo acordado. Minutos se passaram e o mesmo iniciou uma reclamação de dores no joelho esquerdo e dor na perna direita (possivelmente, bateu a perna direita no onibus e o joelho esquerdo no chão). Após 10 minutos a PM chegou; pensei eu que eles iriam tomar minha posição, porém preocuparam em apenas ver se o acidentado era habilitado assim como os outros motoristas envolvidos e em sinalizar o transito. Após 20 minutos do acidente, que fez a Av. Amazonas sentido contrário ao Centro ficar em apenas 1 linha, o SAMU chegou. Permaneci imobilizando o motoqueiro todo o tempo, até tomei a liberdade de perguntar se poderia soltá-lo, e ainda me pediram que segurasse mais um pouco enquanto eles desabotoavam o capacete, a blusa e etc. até que veio um e tomou minha posição. Porém, quando foram tirar o capacete, ao invés de imobiliza-lo para que nada de mais grave acontecesse a vítima, pude perceber que após o capacete ser removido a sua cabeça pode ir de encontro ao chão. Ao fim a vítima foi levada ao Hospital João XXIII.



Harrison Aguiar

domingo, 9 de maio de 2010

Mãe


A explicação mais pura para a palavra Amor.
Aquela que se doa de corpo e alma para um novo ser que guarda dentro de si por 9 meses.
Aquele que dá-se o apelido mais carinhoso de Filho.
Mãe,
Aquela que é capaz de largar tua própria vida para viver em função de teu Filho.
Capaz de trocar suas noites de festas e que poderia estar curtindo com seus amigos para cantar músicas de ninar, amamentar durante a madrugada fria, ou simplesmente ficar observando teu filho dormindo.
Aquela que, por mais que saiba que teu filho fez algo errado,por mais que mereça o pior dos castigos conhecidos, protege teu filho contra tudo e contra todos.
Aquela mulher, que às vezes nem esteje preparada para gerar um filho e por algum descuido aconteceu, mas que não se arrepende do ocorrido e arca com as consequências.
Aquela que é obrigada a renunciar certos hábitos alimentares e alguns vícios, simplesmente pelo fato de ser mãe.
Aquela que passa pela dor do parto e guarda no teu corpo as cicatrizes.

Aquela que sempre tem o propósito de dar uma vida bem melhor que a própria para o filho.
Aquela que é capaz de deixar de se alimentar para dar aos seus filhos.
Aquela que quando é necessário, sabe corrigir, por mais que o filho e os próximos possam achar um exagero, no futuro verão que cada palmada valeu a pena.
Aquela que orienta, mas sempre dando duas opções, fazendo com que teu filho se torne independente e tendo o poder de escolha.
Aquela que está sempre buscando um futuro promissor, não para si, mas para teu filho.
Aquela que é capaz de ir contra a sua felicidade para ver a felicidade estampada no rosto de teu filho.
Para uma mãe, a sua felicidade de nada vale, se o teu filho sofre; se teu filho é incapaz de dar um sorriso sincero.
Aquela que por mais que não tenha diplomas ou cursos, pelo fato de ser mãe se torna professora, médica, enfermeira, babá, dona de casa, psicóloga, educadora, orientadora, amiga, companheira, heroína, entre tantas outras...

Aquela que por mais que teu filho seja adulto, sempre o verá como uma criança. Criança que precisa de zelo, de amor, de puxões de orelhas, de segurar na mão para que não venha a cair, de um abraço aconchegante, de um beijo para que se sinta amada de verdade. E só ela, somente uma mãe sabe suprir todas as carências e necessidades de um filho.
Aquela que por mais que o filho desapareça, ela sabe que ele vai voltar, por mais que demore muito, ele vai voltar, mas enquanto ele não volta, ela o tem guardado dentro de si, dentro de teu coração.
Aquela que é e sempre será o alicerce para o sucesso de teu filho.

Obrigado Mãe por ser isso tudo e muito mais, algo que meras palavras não conseguem explicar.

Te amo muito!!!

Feliz Dia das Mães!!!




Harrison Aguiar

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Um Domingo Inesquecível


"[...]
Domingo, 2 de maio de 2010.
10:15 da manhã... O sol que trespassava a cortina chegava a meu rosto com o intuito de me fazer despertar para um novo dia, um domingo diferente; um domingo inesquecível.

Levantei-me e logo liguei para o meu tio para confirmar sobre a nossa ida ao Gigante da Pampulha para a grande final do Campeonato Mineiro. Tudo nos conformes, a partir de 1 da tarde ele passaria para me pegar.

Eu já podia sentir que seria um dia diferente, afinal, primeira vez que iria ao Mineirão para uma final de campeonato com grande chance do CLUBE ATLÉTICO MINEIRO levantar a 40ª taça de campeão mineiro. Então, merecia o Manto Sagrado, com direito ao perfume mais caro que estivesse disponível na casa.

Incrivelmente, enquanto descia as escadas do prédio onde moro indo de encontro ao meu tio, provocações dos rivais foram em grande número a cada andar, subestimando ao meu Galo Forte e Vingador das Alterosas. Nada melhor que me conter naquele momento para depois do apito final. "A vingança tarda mais não falha".

No caminho, podia ver filas de carros com bandeiras buzinando, músicas da nossa apaixonada torcida assim como o Hino, que soava como grito de guerra. Estava maravilhado, onde nenhuma palavra podia ser ouvida saindo da minha boca. Era uma nação indo a um único lugar com o mesmo propósito. Apoiar o Gigante das Alterosas, e voltar para casa sem voz de gritar: "É Campeão".

Devido a grande movimentação de Alvinegros no caminho, chegamos ao Mineirão uma hora antes do apito inicial e com enorme dificuldade para estacionar, devido a super lotação.

Ao pisar na arquibancada, fiz questão de posicionar-me no sol, para que de forma alguma, deixasse de estar junto com o time, cantando o tempo todo, sem deixar-me esfriar.

Pela primeira vez pude presenciar o mascote da torcida junto com o mascote do clube. Algo inédito pra mim que me deu mais ânimo para sair sem voz daquele jogo. Fiz questão de gritar o nome, um por um, dos nossos guerreiros que começariam a batalha final. Até que um momento eu simplesmente parei no tempo. Meus olhos brilhavam. A voz não saia. Meu corpo arrepiava da cabeça aos pés. A maior e mais linda bandeira do mundo estava descendo sob a cabeça dos torcedores do portão 9 e 12 e subindo com a bandeira do nossa TOG, assim como uma tsunami que vem arrasando sobre a terra e depois volta ao mar com a mesma força, em um sincronismo incontestável.

Apito inicial. Coração pulsava mais rápido. O olhar atento a cada lance. Palavrões contra o juiz saíam sem que eu tivesse tempo de raciocinar. Primeiro tempo, digno de teste para cardíaco, e o grito de gol permanecia entalado na garganta. A pelota insistia em não entrar. Próximo do fim do mesmo, cogitei-me em ir ao banheiro, porém, o corpo não seguia o que a mente comandava. O receio de perder algo do espetáculo era maior que tudo, ainda mais que o nosso Tardelli sofreria uma entrada bem duvidosa na área onde o juiz de nada fez. Fim do primeiro tempo, aí sim pude me aliviar para mais 45 minutos.

Ao voltar a meu lugar, meu tio pediu-me segurasse o seu lugar para que fosse fazer o mesmo. Até então tudo bem, porém algo inusitado já estava acontecendo.

Uma boa parte de torcedores atrás da fileira que eu estava sentado, estava gritando como se fosse um gol o nome: "Chapeuzinho Vermelho". Algo que despertou minha atenção e curiosidade. "O que Chapeuzinho Vermelho tinha a ver com aquele jogo e ainda mais durante o intervalo?". Até que pude perceber que uma linda Atleticana, de pele clara e cabelos pretos, aproximadamente 1,65m de altura, onde só existia meu tio entre nós dois o tempo todo e eu não tinha percebido, estava sentada no encosto da cadeira, onde sem que percebesse, estava parte de sua roupa íntima inferior (no caso vermelha) a amostra. O que realmente era algo um pouco inusitado ainda mais com todo ibope que estava tendo em um estádio de futebol, palco de superioridade masculina. Vi-me em uma situação onde, se eu a dissesse, eu acabaria com a alegria da testosterona de muitos, mas poderia me dar bem com a garota. Resolvi deixar acontecer. Até que um momento ela percebeu, e olhou para mim. A saída foi dizer que estava dando muito ibope para atrapalhar, e ela acabou levando na esportiva. Afinal, do que adiantaria depois que já estava feito.

Então, a mesma pediu-me que segura-se o teu lugar para se ausentar por alguns minutos. (Entendi tranquilamente). Porém, imaginei que não voltaria, só que antes que o segundo tempo começasse, lá estava ela ao meu lado de novo.

Início de segundo tempo, e os mesmos sintomas do início do jogo voltaram. Coração pulsava mais rápido. O olhar atento a cada lance. Palavrões contra o juiz saíam sem que eu tivesse tempo de raciocinar. Porém sobrou até para o Muriqui, depois de errar uma bola que até minha vó de cadeira de rodas acertava. Porém "Dom" Diego Tardelli estava lá. Quando ele balançou as redes, aí sim eu me surpreendi com a Massa Atleticana. O coro de campeão estava em um só ritmo e bem afinado. Vontade não faltou de abraçar a linda Atleticana que estava ao meu lado, mas nem pra mim ela olhou.

Juntamente com a Massa, gritei o nome do nosso ídolo, aquele que pude ver desde criança. Não vi Dario, nem o Reinaldo, assim como outros, mas pude ver Marques, e queria vê-lo mais uma vez, afinal era mais que merecido, no seu último ano de jogador de futebol poder fazer parte da festa dentro das 4 linhas. E não demorou muito, lá estava ele. Ainda pude ver Tardelli errar uma chance clara, mas qual problema, ele tinha crédito. Logo após veio uma jogada digna de uma final, e digna para nosso xodó. Tabelou com Ricardinho, que com um toque maestral sobre a defesa adversária deixou nosso Craque cara a cara com o goleiro, que só empurrou para o gol. Vi várias pessoas indo as lágrimas, ainda mais quando ele fez da bandeirinha do corner, um mastro para nossa Bandeira sobre os ombros de Fabiano. Algo inédito no futebol e que ele tinha todo direito de fazer.

Algo me chamou mais atenção, uma criancinha de aproximadamente 2 anos gritando gol, vestida com o Manto Sagrado nos braços de seu pai. Então me bateu uma momentânea tristeza: Eu tive que esperar 19 anos para poder ver meu time campeão em um estádio, simplesmente porque não segui a herança dos meus antepassados, assim como meu pai e meu avô. Mas fazer o quê, não me arrependo nenhum momento de ter sido a ovelha negra da família, e a eles, só lamento de não poderem compartilhar da mesma alegria que eu estava sentindo. Restou-lhes somente as flanelinhas.

Para completar a alegria, só faltava comemorar com a Atleticana que estava ao meu lado. Mas, de novo, nem pra mim ela olhou. Até que fui obrigado a aproveitar que ela estava ouvindo o jogo pelo rádio e começar a perguntar quanto tempo faltava. E assim foi até o apito final, e mais uma vez, as mais de 60 mil vozes entoou um único coro: "É CAMPEÃO!!!"

Linda festa; fogos, volta olímpica, a Massa cantando o hino entre outras músicas de amor ao CAM, com direito a lustrada da taça com a uma flanelinha (Esse Dom Diego é dos nossos mesmo). Algo inédito para mim. Porém, ainda faltava me dar bem com a Atleticana para fazer esse dia mais que inesquecível. Nada como uma boa câmera em mãos e um simples pedido para tirar foto com a musa daquela ala da torcida. Pós foto, papo vem, papo vai, até que boa parte da torcida já tinha saído do estádio sem que eu percebesse. Então não perdi tempo e passei todos meus contatos para ela com a esperança de quem sabe algum dia ter uma outra oportunidade melhor.

Só que para mim o jogo ainda não tinha acabado e ao nos despedir próximo ao portão algo tinha que ficar marcado para completar aquele acontecimento. E nada melhor que um beijo roubado, com a aceitação da pessoa desejada. Depois disso, aos poucos ela foi sumindo em meio aos outros Alvinegros. Porém, esse era meu momento de gritar GOOLL!!!

Aquele domingo, a partir daí então, não faltava mais nada. Estava completo. Pude presenciar meu time, que além de ir contra o gosto do meu pai e do meu avô, foi campeão na minha frente pela primeira vez. Uma linda festa feita pela Massa Atleticana que as vezes, sem sentir, me impulsionava a gritar junto. Um show pirotécnico digno de Campeão. E para coroar, a companhia e um leve romance com o tipo de mulher dos sonhos de qualquer Atleticano. O caminho de volta a cada minuto que passava era um minuto a mais de alegria, principalmente ao ver um caixão azul e branco sendo erguido por um torcedor.
..."

Segunda, 3 de maio de 2010.
5:30 da manhã. Acordo com o celular me despertando, indicando que uma nova semana intensa de estudos estava pela frente. Porém a dúvida de tudo aquilo ter sido apenas um sonho me fez querer ficar na cama e dormir novamente só para que tudo acontecesse mais uma vez. Até que um grito de GALOOO!!! vindo da andar de cima me fez acreditar que tudo era realidade, pena que não pude gritar também, pois a minha voz teria ficado no Gigante da Pampulha.

Obrigado CLUBE ATLÉTICO MINEIRO por me fazer um torcedor completamente APAIXONADO por TI!




Harrison Aguiar